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ahia / Política Deputados baianos se posicionam quanto à renúncia de Cunha

Um levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo aponta que para 62% dos deputados federais, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deveria sair por conta própria da presidência. O parlamentar é investigado por denúncias de envolvimento em esquemas de corrupção e recebimento de propinas, além da acusação de ter mentido sobre a existência de contas na Suíça em seu nome.
Em uma pesquisa anterior, realizada também pelo Datafolha, instituto de pesquisas da Folha de S. Paulo, eram 45% os deputados que concordavam com a saída espontânea de Cunha da principal cadeira da Câmara.
Para o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM), o Legislativo chegou a um impasse. “É uma decisão que cabe a ele. Não há dúvida que nós estamos chegando a um impasse que é muito difícil de conviver. A continuidade dele significa uma paralisia do parlamento. Como nós vamos resolver isso, só depois do recesso vamos saber. Obviamente há uma dificuldade muito grande”.
O deputado Lúcio Vieira Lima, correligionário de Cunha, também pensa que a decisão cabe somente ao presidente. “Se for por vontade própria ele pode fazer o que quiser. Essa é a única maneira de adiantar um processo que corre por vias legais, uma atitude pessoal dele. Só existem essas duas maneiras dele sair, ou se no final do processo ele for considerado culpado, e no plenário tiver o mandato cassado, ou se ele renunciar”, explicou.
Segundo o peemedebista, não se deve tomar posição antes que aconteçam os julgamentos. Na opinião do deputado federal Afonso Florence (PT), apenas a renúncia não é o suficiente para Eduardo Cunha. “Eu acho que ele não pode ser presidente e também não pode ser deputado. O tema não é renúncia por vontade própria, ele tem que ser derrubado, porque ele mentiu em uma CPI. Eu fui um dos que assinaram uma representação ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo para tirar ele. Ele deve ser sacado pela lei”, disse o petista.
Florence acusa os partidos de oposição de sustentarem Cunha no cargo, ainda que façam discurso contrário ao peemedebista. “O PSDB, o DEM e o pedaço do PMDB de Michel Temer fazem sustentação a ele. E agora quer que ele renuncie, fazendo um discurso de que é contra ele, mas não o enfrenta”, disparou.

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