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Campeão olímpico de box, Robson Conceição foi festejado no bairro Boa Vista onde nasceu em Salvador

Os tambores repicam na inconfundível batida do samba reggae enquanto os músicos desfilam rua abaixo levando junto uma multidão no bairro de Boa Vista de São Caetano, Subúrbio Ferroviário de Salvador.

Foi em clima de micareta que a medalha de ouro do boxeador Robson Conceição, 27, foi recebida no bairro em que ele foi criado na periferia de Salvador.

Familiares, amigos e vizinhos reuniram-se em dois bares da rua onde Robson viveu quando criança para assistir a final olímpica em um telão. No cardápio, cerveja, frango assado e passarinha frita — típica iguaria do tabuleiro da baiana feita de baço de boi.

Durante a luta, os amigos engrossaram o coro da torcida no Rio de Janeiro e receberam o adversário francês Sofiane Oumiha aos gritos de “vai morrer, vai morrer”.

Após a vitória, fogos de artifício foram estourados e uma multidão percorreu as ruas do bairro acompanhada de uma banda de percussão.

“Foi um ouro sofrido, mas que veio na hora certa. Ele é merecedor”, afirmou Edvaldo Souza Silva, 49, o Alemão, que organizou a festa junto com a família de Robson.

Cobrador de ônibus e dono de bar, Alemão ainda atua como treinador de boxe num projeto social para crianças e adolescentes do bairro, que têm em Robson Conceição um ídolo.

Ansiosos, esperam a chegada do campeão olímpico na próxima quinta-feira (18), quando a festa deve se repetir.

“Dessa vez, vai precisar de um carro do Corpo de Bombeiros” diz Alemão, que lembra que Robson também foi recebido com festa em 2008 e 2012, mesmo após ser eliminado na primeira luta na Olimpíada de Pequim e de Londres.

O clima de comemoração também se estendeu a outros bairros de Salvador. Em bares do centro de cidade, torcedores se reuniram para assistir a luta após o fechamento das lojas do comércio. Fogos de artificio podiam ser ouvidos na região após a vitória do baiano.

A luta foi transmitida até mesmo nos telões da Arena Fonte Nova, minutos antes do início da partida entre Bahia e Atlético-GO, pela série B do campeonato brasileiro. Não precisou de nocaute para a medalha de ouro ser comemorada com um gol.

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