Saúde

Já são 3.174 casos suspeitos de microcefalia notificados em 20 Estados e no Distrito Federal desde o fim de 2015.

Já são 3.174 casos suspeitos de microcefalia notificados em 20 Estados e no Distrito Federal desde o fim de 2015. Os bebês investigados foram registrados em 684 cidades. A má-formação tem relação com o surto de zika vírus que atinge o país.

Entre o dia 26 de dezembro e o dia 2 de janeiro, 199 novos casos foramnotificados um crescimento de 6,7% em relação às 2.975 notificações anteriores. Pela primeira vez, há a suspeita de um bebê com microcefalia no Amazonas, de acordo com o novo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (5).

Até o momento, a morte de 38 crianças com suspeita de microcefalia ligada ao zika vírus são investigadas. A relação da morte de dois outros bebês com o zika vírus, anteriormente investigada, foi descartada.

O país vive um surto de microcefalia relacionado ao zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, o mesmo vetor da dengue e da febre chikungunya. O número de casos de microcefalia explodiu a partir de setembro, quando gestantes que tiveram a doença no primeiro trimestre começaram a dar à luz.

Pernambuco tem mais casos

Pernambuco, o primeiro a identificar aumento de casos de microcefalia, continua liderando os Estados quanto ao número de notificações. Foram 1.185 casos, o que representa 37,33% do total registrado em todo o país.

Depois de Pernambuco, os Estados que mais concentram suspeitas são: Paraíba (504), Bahia (312), Rio Grande do Norte (169), Sergipe (146), Ceará (134), Alagoas (139), Mato Grosso (123) e Rio de Janeiro (118).

Os 3.174 casos suspeitos registrados até agora representam quase o quádruplo das 791 notificações acumuladas de 2010 a 2014 em todo o Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde.

Mais testes e agentes nos Estados

Atualmente, a circulação do zika é confirmada por meio de teste PCR, com a tecnologia de biologia molecular. Ministério da Saúde capacitou 11 laboratórios públicos para realizar o diagnóstico de zika. Com as cinco unidades de referência no Brasil para esse tipo de exame, já são 16 centros com o conhecimento para realizar o teste.

Nos próximos dois meses, a tecnologia deve ser transferida para mais 11 laboratórios, somando 27 unidades para analisar 400 amostras por mês, informou o Ministério da Saúde.

Para combater a proliferação do mosquito, as visitas a residências para eliminação e controle do vetor ganharam o reforço das Forças Armadas e dos agentes comunitários de saúde, além dos agentes de endemias que já atuavam regularmente nessas atividades.

Em dezembro, o Ministério da Saúde enviou mais 17,9 toneladas de Larvicida para os estados do Nordeste e Sudeste, totalizando 114,4 toneladas para todo o país no último ano, quantidade suficiente para o tratamento de 57,2 bilhões de litros de água. Para este ano, já foram adquiridas mais 100 toneladas do produto, o que garante abastecimento até junho de 2016.

Orientações às gestantes

Elas também devem adotar medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros, além de se protegerem da exposição de mosquitos, mantendo portas e janelas fechadas ou teladas, usando calça e camisa de manga comprida e utilizando repelentes permitidos para gestantes.

O ministério também orienta às gestantes que mantenham o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo médico, reforçando ainda a orientação de que não consumam bebidas alcoólicas ou qualquer outro tipo de drogas, não usem medicamentos sem orientação médica e evitem contato com pessoas com febre ou infecções.

Etiquetas

Artigos relacionados

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar