Um processo que está em tramitação no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, trouxe um fato inusitado. Após o prefeito João Filho (PP) arrolar como testemunha de defesa, o deputado Cacá Leão (PP). Que foi ouvido através de carta precatória no Distrito Federal, o mesmo afirmou não saber de nada dos fatos que constam na denúncia.
A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público da Bahia e se refere a prática de falsificação de documentos públicos para dar legalidade a venda do antigo Mercado de Farinha. O gestor indicou o nome de Cacá Leão, como se soubesse de algum fato que lhe beneficiasse contra a acusação de ter feito transações ilegais na falsificação das escrituras.
Com o depoimento do parlamentar, a situação do prefeito se agrava cada vez mais. Tornando inviável a sua tese de defesa.

O desembargado Nilson Castelo Branco proferiu o seguinte despacho”…não se afigura minimamente plausível a arguição de nulidade da manifestação de fls. 2169/2170, apresentada pelo Deputado Federal Carlos Felipe Vazquez de Souza Leão, ao MM. Juiz de Direito da 2ª Vara de Precatórios do Distrito Federal, que, na condição de testemunha arrolada pela defesa do réu João Almeida Mascarenhas Filho, informou nada saber sobre os fatos narrados na denúncia, não se tratando, portanto, de depoimento. De mais a mais, o principal interessado na produção direta da prova sequer manifestou a ocorrência de qualquer prejuízo para o deslinde da causa.” confirmando que o deputado Cacá Leão nada sabia com relação aos fatos da denúncia.
Dando a entender, que o parlamentar foi colocado em uma verdadeira saia justa pelo prefeito João Filho, que com essa atitude parece estar desesperado e com a vontade de levar todos os aliados para uma posição desconfortável perante a justiça.