De acordo com informações dos alunos do Colégio Estadual João XXIII foi realizada uma reunião com representantes da Direc 18, a direção do Colégio e os pais de alunos para informar o fechamento do estabelecimento de ensino.
A justificativa para a decisão do governo estadual é a pequena quantidade de alunos matriculados. O que chama a atenção é que o Colégio Goés Calmon foi municipalizado em 2013 pelos mesmos argumentos. E a previsão era que o Centenário também fosse municipalizado. Caso ocorresse as três municipalizações, só restariam duas Escolas Estaduais em Itaberaba, o Colégio Modelo e o CETEP.
Com o crescimento do número de habitantes, naturalmente deveria ocorrer o contrário, a procura de vagas seria maior do que a disponibilidade. Ou então, estamos diante de um grave problema, que são os jovens abandonando os estudos antes de concluir o segundo grau.
O abandono é preocupante principalmente nos últimos anos escolares. É neste momento que o aluno começa a se dividir entre estudos e trabalho.
Percebe-se com isso, que o Governo do Estado está tratando a educação com descaso. Ao invés de fechar ou municipalizar essas escolas, deveria criar políticas públicas, para que esses jovens voltassem para a sala de aula.

No ano passado, a tentativa de municipalização do João XXIII causou uma onda de manifestações dos alunos e o prefeito João Filho e a DIREC teve que recuar da decisão. Esse ano, presenciamos algumas indignações nas redes sociais. No entanto, parece que os alunos estão aceitando a ideia do fechamento.
Segundo informações conseguidas com exclusividade, o interesse do fechamento do João XXIII é para que no local, seja abrigada a sede da DIREC 18. O que seria um grande absurdo, fechar um estabelecimento de ensino para dar lugar a uma gerência regional.