Jovens famosos nas baladas de Vitória da Conquista, no sudoeste do estado, foram presos pela Polícia Federal (PF) na Operação Lammer, na quarta-feira (2), suspeitos de participar de um esquema de fraudes bancárias na Bahia, São Paulo, Goiânia e no Distrito Federal. De acordo com a PF, foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva, 14 de busca e apreensão, além de 12 mandados de condução coercitiva de investigados envolvidos nas supostas fraudes.
Os crimes de fraudes bancárias eram cometidos através da Internet, por meio da captura dos dados cadastrais e de senhas de acesso aos sistemas de internet banking, invasão de contas bancárias, além da transferência dos saldos existentes para contas de laranjas. Os investigados ainda utilizariam os valores desviados das contas para pagamentos de boletos bancários, taxas de licenciamento de veículos e outros títulos.
Quatro dos presos nesta quarta-feira (2) pela PF
“A gente não tem estimativa fechada sobre o valor fraudado, mas, durante investigação, víamos que em apenas uma conta eram desviados R$ 240 mil, em outra R$ 80 mil. Eles [os investigados] estão há muitos anos atuando. Eram pessoas que viviam esbanjando na cidade com carros bonitos. A gente já recebia notícias da autuação desse pessoal”, contou o delegado da Victor Menezes ao G1.
Além de Vitória da Conquista, Itororó (BA) e Teixeira de Freitas (BA), os crimes teriam acontecido na capital de São Paulo, Osasco (SP), Águas Lindas de Goiás (GO) e Brasília (DF). Ainda conforme a investigação policial, a maioria dos recursos era encaminhada para Vitória da Conquista.
Segundo a PF, os suspeitos responderão pelos crimes de estelionato qualificado e constituição e integração de organização criminosa, com penas que, somadas, chegam a mais de 14 anos de reclusão.
“Lammer” é o termo pejorativo utilizado para nomear criminosos cibernéticos que acreditam que não serão punidos. Em geral, são operadores de programas desenvolvidos para captura de senhas, a fim de invadir contas bancárias através dos sistemas de internet banking.