Com a promulgação da Emenda Constitucional 91, que abre espaço que deputados e vereadores possam mudar de partido sem a perda do cargo, a expectativa é que nos próximos 30 dias a composição das bancadas na Assembleia Legislativa da Bahia (AL) mude. A emenda promulgada pelo Congresso Nacional cria a chamada “janela partidária” para que os políticos mudem de legenda sem punição por infidelidade partidária.
A mudança considerada mais significativa está em torno do desfecho da novela protagonizado pelo presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo, que deverá deixar o PDT e ir para o PSL. O chefe do Legislativo baiano garante que além dele mais seis deputados estaduais ingressarão no seu novo partido, que conta atualmente com apenas um parlamentar, o deputado Nelson Leal (PSL). Além de Nilo, a bancada do PSL poderá ter o deputado Reinaldo Braga (PR), Jurandy Oliveira (PRP), Paulo Câmera (PDT), Euclides Fernandes (PDT), além do deputado licenciado e atual secretário estadual da Agricultura, Vitor Bonfim (PDT).
No total, o PSL poderá passar a ter seis deputados e se iguala à bancada do Democratas, que também poderá crescer. As discussões estão trancadas a sete chaves, mas nos corredores da AL, a conversa é que o Democratas aumente sua bancada para dez parlamentares com o ingresso de mais quatro parlamentares, entre eles Alan Sanches, que deixou o PSD. Caso as mudanças sejam confirmadas, o DEM passará a ser a segunda maior bancada na Casa. O PSD, apesar de ter perdido um deputado, não deve encolher de tamanho já que o deputado Alex da Piatã, atualmente no PMDB, deve bater asas para a base aliada do governo Rui Costa (PT).
Caso se confirme, os sociais-democratas passam a ter a segunda maior bancada da AL. Com a saída de Alex da Piatã, a bancada peemedebista passará a ter cinco deputados e se iguala à bancada do PP, que conta também com cinco parlamentares. A maior perda será na bancada do PDT, que deverá ficar apenas com um deputado. Roberto Carlos já deu sinais de que não acompanhará Nilo em sua empreitada.