O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) manteve nesta quinta-feira a prisão do ex-médico Roger Abdelmassih, de 71 anos, por crimes sexuais cometidos contra pacientes, mas reduziu de 278 anos para 181 anos, 11 meses e 12 dias de reclusão a pena dele, por conta da prescrição de alguns crimes. Os estupros foram cometidos na clínica e centro de pesquisa em reprodução humana dele, no bairro do Jardim Paulista, na capital, entre 1995 e 2008. Em 2010, o ex-médico havia sido condenado por 52 crimes sexuais cometidos contra 39 de suas pacientes.
A defesa de Abdelmassih apelou e tentou anular o julgamento. Na decisão desta quinta-feira, a 6ª Câmara Criminal do TJ-SP ainda acatou pedido do Ministério Público para que fosse retirado um artigo da primeira condenação que permitia que o ex-médico cumprisse apenas 30 anos da pena.
Como o TJ-SP estabeleceu a pena integral como base de cálculo para qualquer benefício ao ex-médico, Roger Abdelmassih só teria direito à liberdade condicional daqui a 72 anos, ou seja, 2/5 da pena.
Após mais de três anos foragido da Justiça, o ex-médico Roger Abdelmassih foi preso no dia 19 de agosto, em Assunção, no Paraguai, onde vivia, com a mulher e dois filhos gêmeos de 3 anos.
