Depois de João Santana ter a prisão decretada nesta segunda-feira (22) e só não estar atrás das grades por ter viajado para o exterior, já são sete o número de baianos envolvidos na Operação Lava Jato, que investiga desvios de dinheiro na Petrobras. No caso de Santana, a suspeita é de que o publicitário teria sido pago pela Odebrecht, por serviços prestados ao PT. Além do publicitário, outros dois continuam ocupando suas funções em território baiano como se nada tivesse acontecido.
Trata-se do vice-governador da Bahia, João Leão, e o ex-ministro das Cidades e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Município (TCM), Mário Negromonte. O caso de Mário Negromonte é curioso porque seu filho é deputado federal e também está sendo investigado na Lava Jato, o Mário Negromonte Júnior. Além deles, há o deputado federal Roberto Britto – todos são filiados ao PP.
Um ex-PP já foi julgado e condenado a 11 anos de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, Luiz Argôlo. Além dele, está preso também o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht. Ele é acusado de comandar uma organização criminosa que desviou, por meio de esquema de corrupção na Petrobras, R$ 300 milhões. O ex-presidente da Odebrecht depôs, nesta segunda, no caso João Santana.
Vale lembrar, que dos sete baianos investigados na lava jato, dois são aliados politicos do Prefeito João Filho, o ex deputado Argolo que está preso e o vice-governador João Leão.
Lista:
João Santana: Mandado de prisão está em aberto para o publicitário baiano.
Marcelo Odebrecht: Preso desde junho de 2015 e um dos homens mais poderosos do país, é acusado de desvios de R$ 300 milhões. Ainda não foi julgado.
Luiz Argôlo (PP): Único condenado a 11 anos de prisão, foi acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
João leão (PP): Vice-governador do estado, é acusado de ter recebido dinheiro de propina via Yousseff.
Roberto Britto (PP): Foi citado por Yousseff como um dos deputados do PP que recebiam entre R$ 1,2 milhão e R$ 1,5 milhão por mês.
Mário Negromonte Jr (PP): Em dezembro, o ministro Teori Zavascki, do STF, incluiu o deputado federal no rol de investigados na Lava Jato.
Mário Negromonte: Pai do deputado federal que está sendo investigado, ele segue como conselheiro do TCM e teria recebido do doleiro Yousseff entre R$ 250 mil e R$ 500 mil por mês.