A Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, lançou nessa sexta-feira (19) mais um edital de chamamento público desta vez para o Prêmio Maurílio Sapateiro de Cultura Popular.
O prêmio visa reconhecer e valorizar a atuação dos mestres e mestras da cultura popular, responsáveis pela transmissão e perpetuação de saberes, celebrações e formas de expressão que compõem o patrimônio cultural imaterial de Itaberaba.
Serão selecionados vinte mestras e mestres da cultura popular, com idade igual ou superior a 50 anos, atuantes no município há pelo menos dois anos, que detenham conhecimento, longa permanência na atividade, reconhecidos pela própria comunidade e atuem em diversas categorias, como: artes de cura, medicina popular, culinária tradicional, jogos e brincadeiras, contadores de histórias, poesia e literatura popular, músicas, cantos, danças, festejos, reisados, arte e artesanato, e outras categorias culturais que transmitem saberes e fazeres de geração a geração.
As inscrições para o Prêmio Maurílio Sapateiro de Cultura Popular já estão abertas, são gratuitas e podem ser realizadas via e-mail, telefone ou presencialmente na sede da Secretaria de Cultura, até o dia 06 de dezembro de 2021. A premiação é no valor total de 60.000,00 (sessenta mil reais) e serão selecionados e premiados vinte candidatos que receberão 3.000,00 cada um. Além disso, serão certificados com o título de “Mestre da Cultura Popular de Itaberaba”.
O edital completo pode ser conferido (aqui). A Secretaria de Cultura fica localizada na Av. Rio Branco, Nº 318, Centro, e disponibiliza telefone de contato e e-mail, para outras informações: (75) 3251-1821 / itaberabaecultura@hotmail.com
Homenagem Mestre Maurílio Sapateiro –
Maurílio Jesus Macedo, popularmente conhecido como Maurílio Sapateiro é filho de Pedro Firmino e Inês Adelaide, nasceu em 27 de setembro de 1909 e faleceu em 15 de setembro de 2013.
Ainda bem jovem, começou a trabalhar vendendo requeijão na feira livre que funcionava na Praça do Rosário. Também foi delegado e viveu a arte de sapateiro por muitos anos, parou de trabalhar quando completou 100 anos em 2009, arte essa que ele honrou com a responsabilidade de mestre, fazendo e consertando sapatos. Caçava, pescava, dançava e também organizava a tradicional festa de São José durante todo o mês de março, onde ele fazia Bumba meu boi.
Entre seus vários casamentos, viveu casado seus últimos 40 anos com Maria da Paz Almeida Souza, com quem teve 4 filhos. Morreu aos 103 anos.
