A defesa de Lula não poderá gravar o depoimento que o ex-presidente prestará para o juiz federal Sérgio Moro nesta quarta-feira (10). A decisão é do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que indeferiu habeas corpus interposto pela defesa para que a gravação fosse realizada por equipe indicada por ele. Lula está sendo acusado de crime de lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores. O relator do caso no TRF-4 é o desembargador João Pedro Gebran Neto, mas a decisão foi realizada pelo juiz federal Nivaldo Brunoni, que substitui o desembargador. O pedido já havia sido negado pelo juiz Sérgio Moro. A defesa ajuizou, assim, o habeas corpus alegando a ilegalidade da decisão, tendo em vista que é importante “capturar a completude do ato judicial para observar as expressões faciais e corporais não somente do acusado, mas também do Ministério Público Federal e do Juízo”. Brunoni, no entanto, negou o pedido afirmando que as gravações de audiência são realizadas há mais de uma década e “até hoje, nunca transitou por este tribunal pedido, tampouco notícia de que a gravação oficial realizada pela Justiça Federal tenha sido prejudicial a algum réu”, afirmou o magistrado na decisão. A defesa do ex-presidente ainda utiliza como argumento o cerceamento de defesa.