Para o vereador Moisés Rocha, sua expulsão do PT foi motivada por racismo. Rocha e também Luiz Carlos Suíca foram expulsos do partido após votação realizada no diretório municipal da sigla, nessa terça-feira (31). O motivo justificado foi o apoio ao presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Léo Prates (DEM), mesmo após a candidatura de Marta Rodrigues (PT). “Um burocrata branco, de classe média, burguês é o relator do processo contra esses dois militantes negros”, destaca, acusando ainda o diretório municipal de ter recuado de uma
candidatura própria quando o quadro de pré-candidatos eram três vereadores negros: Gilmar Santiago, Gilberto Leal e Valmir Assunção. Diante disso, Rocha ressalta que vão entrar com recurso nas direções estadual e nacional do partido, além de pedir uma comissão de ética para julgar o diretório . “Esse cidadão que faz a denúncia, o Roberto Roque de Oliveira, é o cidadão que, na gestão de [Nelson] Pelegrino como secretário de Turismo foi nomeado para um cargo de assessoria, então são muito próximos, muito ligados e acho que é um desrespeito a uma trajetória de compromissos e de construção da luta com a classe trabalhadora”, acusa Rocha.
Em entrevista ao Bahia Notícias durante a abertura das atividades da CMS, o vereador acusou Pelegrino de comandar o grupo responsável por criar dissidências dentro do PT. “Às vezes, a gente evita nominar, agora existe um grupo político, que é hegemônico no PT de Salvador há mais de 20 anos e quer, no processo de eleição que se aproxima, manter essa hegemonia e está nos usando [ele e Suíca] como ferramenta, como instrumento pra esse discurso. É um grupo capitaneado pelo deputado Nelson Pelegrino e que a vereadora Marta Rodrigues faz parte”, elenca Rocha. O edil aponta como “desrespeito” à sua trajetória na política o avanço da denúncia feita por Oliveira.
